O compliance tem se consolidado como um dos pilares essenciais da governança corporativa, indo além da mera conformidade com normas e regulamentos. Sua função central é proteger a reputação e a sustentabilidade dos negócios, reduzindo riscos jurídicos e fortalecendo a confiança de investidores, clientes e colaboradores.
De acordo com um estudo da PwC, 73% das empresas que implementaram programas robustos de compliance conseguiram reduzir significativamente os riscos reputacionais. Complementando, a pesquisa da Deloitte aponta que organizações com boas práticas de governança apresentam até 20% de crescimento superior em valor de mercado, evidenciando a relevância dessas estratégias.
Desafios na Implementação do Compliance
Apesar da importância, muitas empresas enfrentam desafios para implementar normas internas de forma eficaz. O Relatório de Governança Corporativa da EY destaca que 42% das organizações têm dificuldade na adesão dos colaboradores às diretrizes de compliance. Os principais desafios incluem:
- Falta de engajamento da liderança: A cultura de compliance precisa ser impulsionada pela alta gestão para ser efetivamente disseminada.
- Dificuldades de monitoramento: Empresas de maior porte necessitam de tecnologias adequadas para fiscalizar a conformidade dos processos internos.
- Desconhecimento regulatório: A constante evolução das normas exige capacitação contínua dos profissionais.
- Resistência à mudança: Barreiras culturais podem dificultar a adoção de novas práticas.
Para superar esses desafios, especialistas recomendam investir em treinamentos constantes e estabelecer canais de comunicação eficazes, promovendo o esclarecimento de dúvidas e reforçando a importância do compliance no cotidiano corporativo.
Estratégias para Reduzir Riscos Jurídicos
O descumprimento das normas internas pode resultar em graves sanções jurídicas e financeiras. Dados da KPMG revelam que 55% das multas aplicadas a empresas no Brasil nos últimos cinco anos foram decorrentes de falhas em conformidade regulatória.
Para mitigar esses riscos, é fundamental adotar medidas como:
- Mapeamento de riscos: Identificar vulnerabilidades para antecipar e corrigir falhas potenciais.
- Auditorias periódicas: Avaliar regularmente a eficácia das políticas de compliance.
- Canais de denúncia seguros: Facilitar o relato de irregularidades de forma anônima.
- Uso de tecnologia: Softwares de monitoramento e IA aumentam a eficiência no controle da conformidade.
Segundo a Thomson Reuters, empresas que utilizam ferramentas tecnológicas para compliance conseguem reduzir em até 50% o tempo dedicado a verificações regulatórias.
Impacto Positivo na Cultura Organizacional
Além de reduzir riscos, o compliance influencia positivamente a cultura organizacional. Um estudo da McKinsey mostra que empresas com altos níveis de governança têm colaboradores 35% mais engajados e produtivos. Isso ocorre porque diretrizes claras promovem um ambiente de trabalho ético e seguro.
O compliance não deve ser visto apenas como uma exigência legal, mas como um diferencial competitivo. Organizações que valorizam boas práticas de governança conquistam maior confiança do mercado, fortalecem sua marca e se tornam mais atrativas para talentos e investidores.
Em um contexto de crescente fiscalização regulatória, investir em compliance é uma estratégia fundamental para a longevidade e o sucesso empresarial, promovendo não apenas conformidade, mas também valor de mercado e segurança corporativa.
Fonte: mundorh.com.br
Por Instituto Bertol