Fraude corporativa refere-se a atividades fraudulentas dentro de uma empresa, geralmente envolvendo um ou mais funcionários agindo de forma desonesta em benefício próprio ou de terceiros. Enquanto as falhas de auditorias são frequentemente destacadas, especialmente em tempos de crises corporativas, a baixa performance dos gestores de riscos recebe menos atenção.
Os gestores de riscos, que compõem a segunda linha de defesa nas organizações, desempenham um papel crucial na identificação e mitigação de riscos que podem levar a fraudes. No entanto, quando esses profissionais apresentam um desempenho abaixo do esperado, as chances de ocorrência de fraudes aumentam significativamente. Existem várias razões que explicam a baixa performance dos gestores de riscos e a subsequente ocorrência de fraudes corporativas.
A falta de treinamento adequado e a ausência de uma cultura organizacional voltada para a integridade são fatores determinantes. Gestores de riscos mal preparados não conseguem identificar sinais de alerta e vulnerabilidades que podem ser exploradas para práticas fraudulentas. Além disso, a pressão por resultados financeiros rápidos pode levar esses gestores a negligenciarem controles essenciais, criando brechas para a ocorrência de fraudes.
Outro ponto crítico é a comunicação ineficaz entre os gestores de riscos e os outros departamentos da empresa. Sem uma comunicação clara e direta, as preocupações e descobertas sobre possíveis riscos não são devidamente compartilhadas, dificultando a tomada de ações preventivas.
A baixa performance dos gestores de riscos pode contribuir para a ocorrência de fraudes corporativas por diversas razões interligadas:
Falta de Recursos: Muitas empresas não investem o suficiente em sistemas de gestão de risco ou na contratação de profissionais qualificados, criando lacunas na identificação e gestão de riscos, o que pode facilitar fraudes.
Falta de Treinamento: Gestores de riscos desatualizados com as melhores práticas em gestão de risco e fraude podem não reconhecer sinais de alerta ou tipos comuns de fraude, aumentando a vulnerabilidade da empresa.
Pressão para Alcançar Metas: A pressão para atingir metas financeiras agressivas pode levar gestores a tomar riscos excessivos ou ignorar sinais de alerta, o que pode facilitar fraudes, muitas vezes relacionadas à manipulação de resultados financeiros.
Cultura Organizacional: Uma cultura que não enfatiza ética e integridade pode incentivar comportamentos fraudulentos. Gestores de riscos precisam colaborar com lideranças para criar uma cultura que desencoraje fraudes.
Falta de Comunicação: Comunicação ineficaz entre gestores de riscos e outras partes interessadas pode resultar em falhas na coordenação e gestão dos riscos, criando oportunidades para fraudes.
Portanto, é essencial que as empresas invistam na capacitação contínua dos gestores de riscos e promovam uma cultura de transparência e ética. Apenas assim será possível minimizar a ocorrência de fraudes corporativas e garantir a integridade das operações empresariais.
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Por: Instituto Bertol
- Fonte: Jorge Krening | Professor – Head de Compliance, Riscos & Auditoria Interna na Russell Bedford Brasil – Certificação Profissional em Compliance Anticorrupção (CPC-A); Certificação Internacional C31000 – Certified ISO 31000 Risk Management Professional (Profissional Certificado na ISO 31000 de Gestão de Riscos). Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Maria; formado em Auditoria e Perícia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); formado em Controladoria Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie